AMPAL homenageia o promotor de Justiça Estêvão da Rocha Lima pelos 90 anos de vida.

A AMPAl se rejubila ao homenagear hoje um de seus mais ilustres pares, o promotor de Justiça Estêvão da Rocha Lima, quando se comemora o natalício de sua nonagenária existência.

O dossel deste cenáculo opulenta-se com muita honra ao prestar esta expressiva homenagem ao probo membro do Ministério Público de Alagoas, cuja carreira fulgurante é motivo de orgulho pelos que com ele convivem e o têm em grande apreço.

Seguramente, ao dar os primeiros passos nos estudos, em sua cidade natal, na escola que tem como nome o vulto histórico Rui Barbosa, aprendeu a lição magnífica do mestre, assim insculpida em nossa literatura: “Com a lei, pela lei e dentro da lei: porque fora da lei não há salvação”.

Homem de fé, e de vasta e onímoda cultura, não descuidou dos ensinamentos recebidos de seus pais, nascedouro borbotoante de sua formação moral, e, no evolver da existência, conseguiu o prodígio de unir o seu mundo espiritual ao seu mundo temporal, como atesta sua copiosa biografia.

Na cátedra superior, notabilizou-se pelo ensino de Teologia na UFAL. Sempre sinderético e austero, incursionou no universo religioso com muita maestria, angariou muito discípulos que hoje o reverenciam.

A AMPAL, alfim, sente-se sobremaneira honrada ao prestar esse tributo ao Dr. Estevão, austeridade de caráter, pela sua placidez de espírito e pela sua inteligência admirável. Ele reflete, com muita refulgência, aquela luz que o Divino Mestre, numa manhã serena e ensolarada, há dois mil anos passados, deixou como lição para a posteridade: “Eu sou a luz do Mundo”.  Que essa luz ilumine todo o seu sacrossanto lar e lhe cubra de bênçãos.

É o que desejamos.

Agradecimentos

Eu, Estêvão da Rocha Lima, se Deus me conceder vida até o próximo três de agosto, estarei então completando 90 anos de idade, e sinto-me na obrigação de render muitas graças a Deus.

Agradeço a Deus te encontrado milhares de pessoas santas que me fizeram o bem e me deram o bom exemplo. Destaco meu pai João e minha mãe Antônia, ele um homem reto e ela uma mulher santa, trabalhadores incansáveis no cuidar dos filhos, caprichosos em me amar e protegerem.

Agradeço a Deus ter-me dado por esposa e companheira a Marilene, mulher extremamente caridosa, que somente me deu o bom exemplo, a quem eu defini como “a presença de Deus”, em animando e ajudando a viver”.

Agradeço a Deus o ter-me concedido cinco filhos e filhas, Catarina, Luciano, Cristiano, Carolina e Luciana, todos muito bonitos e bons, inteligentes e sadios, dos quais recebo repetidas provas de amor e assitência, e me dão o gosto de viver.

Agradeço muito a riqueza imensa da Fé, o meu maior tesouro, uma Fé que tenho não por merecimento meu, mas por inefável desígnio de Deus, a Fé que vem crescendo até se tornar o sentido de minha vida.

Agradeço o estanhado amor e devoção que tenho à Igreja, minha Mãe e Mestra, que me fascina e enche de satisfação.

Agradeço a Deus o dom do sacerdócio ministerial, que me fez instrumento para a distribuição de dons e graças incontáveis a milhares e milhares de pessoas.

O meu Deus é um Deus teimoso, que me ama com predileção, que nunca desistiu de me perdoar e de me atrair para junto d”Ele, que tem o capricho de me amar e sustentar na sua Graça, consciência que me faz profundamente feliz. Não tenho como agradecer tanta bondade.

Não peço nada para mim, a não ser a perseverança na Fé e na Graça. Agora eu rezo:

“Ó Pai, não quero, muito, não quero Vos ofender.

Não permitas que eu me separe de Vós.

Se me sobrevier alguma dor ou algum merecimento em mim for encontrado, eu Vos ofereço pela conversão dos pecadores.

Eu me confio a proteção de Maria, a Mãe de Jesus, a minha querida mãezinha do céu”.

Biografia

Estevão da Rocha Lima nasceu em 1930, em Anadia, Alagoas, onde fez o curso primário no Grupo Escolar Rui Barbosa.

Ingressou no Seminário Provincial de Maceió, onde cursou Humanidades, Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote em 1953.

No exercício do Ministério Pastoral, foi, sucessivamente, Pároco de Anadia, Murici, Santa Isabel do Rio Preto, Maribondo, Passo e Matriz de Camaragibe e Fernão Velho.

É licenciado em Letras e em Filosofia e Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL, e Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.

Na atividade de Magistério, foi professor de Latim, Inglês e Educação Religiosa e diretor do Ginásio Nossa Senhora das Graças de Murici; professor de Francês e Educação Religiosa do Ginásio de Santa Isabel do Rio Preto; professor de Português e Educação Religiosa do Colégio Estadual Humberto Mendes; professor de Português da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas; professor de Português da Escola Técnica Federal de Alagoas – ETFAL; professor de Português e Educação Moral e Cívica do Colégio Estadual Moreira e Silva; professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e Coordenador dos Estudos de Comunicação e Expressão do Colégio Estadual de Alagoas, também denominado Liceu Alagoano; professor de Latim, Grego, Filosofia, Sagrada Escritura e Direito Canônico do Seminário Provincial de Maceió; professor de Introdução à Filosofia, Introdução à Teologia e Patrologia do Curso de Teologia ministrado na Universidade Federal de Alagoas – UFAL; professor de Latim, Filologia, Teoria da Literatura e Estudos Brasileiros, e Chefe do Departamento de Letras Clássicas da Universidade Federal de Alagoas – UFAL; professor de Latim, Teoria da Literatura e Direito do Centro de Estudos Superiores de Maceió – CESMAC.

É Promotor de Justiça aposentado, tendo exercido suas atividades no Ministério Público, sucessivamente, nas Comarcas de Igreja Nova, Anadia e Coruripe.

Integra a Academia Anadiense de Letras, instituída no ano de 2019.

Obras publicadas:

– Literatura Brasileira, Vestibular (Ed. Sergasa, Maceió);

– Era eu que estava nu, Reflexões Bíblicas (em 2ª edição, Ed. Ser, Brasília);

– O ritmo na poesia de Ovídio, Tese de Concurso (em 2ª edição, Edufal);

– O signo poético, Dissertação de Mestrado (em 2ª edição, Edufal);

– “… olim meminisse juvabit” (Um dia será agradável recordar), Dísticos Elegíacos – coletânea de versos latinos (2014);

– Scrutamini Scripturas, Catequese Bíblica (2016).

Por Cínthia Fernanda