Ministério Público e Direitos Humanos investigam uso de redes sociais por policiais de Alagoas
O Ministério Público do Estado de Alagoas, por meio da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, está apurando denúncias que relatam o uso das redes sociais por policiais para autopromoção e obtenção de lucro, com exposição, inclusive, de cenas de violência. A promotora de Justiça Karla Padilha, responsável pela investigação, destaca que serão tomadas as providências legais cabíveis, caso seja constatada a veracidade dos fatos.
“Estamos apurando casos dentro das Polícia Militar e Civil. Infelizmente, as denúncias apontam que alguns policias estão desvirtuando a finalidade para a qual foram nomeados e estão usando a internet para exposição de cenas tórridas de violência contra presos como forma de obter visualizações e ganhos financeiros por meio das redes sociais, fato que é contrário ao que preconiza o papel da polícia na sociedade e ao princípio da dignidade da pessoa humana. É uma prática irregular e passível de penalidades, portanto, quem cometê-la responderá criminalmente”, destaca a promotora.
Também há casos de nítida autopromoção da autoridade policial, que ultrapassam o interesse público de divulgação da atividade desenvolvida pela polícia.
Decisão publicada no site do Tribunal de Justiça de Alagoas ressalta que agentes públicos da área de segurança não podem expor presos provisórios e, ainda, que as divulgações de fotos, vídeos e nomes só podem ser feitas observando as restrições legais.
Por Cínthia Fernanda